Desafios da TI nas Entregas de CurtoPrazo e a Autonomia das Áreas de Negócio com IA
- Flávio Barbosa
- 27 de ago. de 2024
- 8 min de leitura
Olá Rede!
Vamos para mais um tema dentre os diversos já abordados aqui em nosso Blog do GPTI. E eu já começo esse artigo trazendo à tona algo que é muito comum em nossas vidas, e que reverbera tanto no âmbito pessoal, como também no profissional, a MUDANÇA. A mudança é um componente fundamental do processo evolutivo, tanto em contextos biológicos quanto em contextos sociais, tecnológicos e pessoais. Mas para não fugirmos ao foco do que venho trazer a vocês aqui nesse artigo, vamos logo abstraindo várias entrelinhas sobre o tema “Mudança”, mas ao mesmo tempo façamos uma correlação com o avanço da tecnologia.
Vamos começar reconhecendo que toda mudança, em seu início, nos incomoda, não é mesmo? No cenário atual, as Tecnologias da Informação (TI) enfrentam desafios significativos, especialmente no que tange à entrega rápida de soluções, que são fruto de “mudanças” contínuas na dinâmica dos negócios de cada empresa. O surgimento e a evolução da Inteligência Artificial (IA) foram gerados por um conjunto de mudanças. A evolução da IA é um processo complexo que envolve múltiplas mudanças em diversas áreas.
De modo geral, com o avanço da Inteligência Artificial (IA), as áreas de negócio ganham cada vez mais autonomia, apresentando tanto oportunidades quanto obstáculos para os profissionais de TI.
Nas próximas linhas desse artigo, convido você leitor a explorar junto comigo como essas mudanças estão moldando o futuro da TI e como podemos nos preparar para elas. Vamos lá! <0/
Desafios na Integração de IA
Vamos falar um pouco sobre a integração de IA nas operações de negócio. Esse é um tema que levanta várias questões, especialmente em termos de segurança cibernética, necessidade de uma infraestrutura robusta e a falta de profissionais qualificados.
Você sabia que 88% dos líderes de TI estão planejando usar IA para melhorar a segurança cibernética? Pois é, os estudos mostram isso. Mas, aqui vem o grande “porém”. A implementação rápida pode acabar sobrecarregando as equipes de TI, que já vivem correndo atrás dos prazos.
A pressão para inovar constantemente é um desafio gigante. Os líderes de TI precisam encontrar um equilíbrio entre criar uma base tecnológica sólida e entregar soluções rapidamente. E isso, meus amigos, não é nada fácil. Então, vamos juntos pensar sobre essas questões e encontrar maneiras de superar esses desafios?
Impacto das Ferramentas Low-Code e No-Code
Você já ouviu falar sobre as plataformas Low-Code e No-Code? Esses caras estão realmente mudando o jogo no mercado, permitindo que pessoas sem grandes conhecimentos de programação desenvolvam aplicações rapidinho. Como curioso que sou, eu mesmo pus a prova essa realidade estudando do absoluto zero duas ferramentas Flutter Flow (Low-Code) e Bubble (No-Code) e confesso para vocês que sem conhecimento nenhum com o uso dessas ferramentas e sem prática alguma na área de desenvolvimento, em duas semanas de estudo consegui construir duas pequenas aplicações (um app da Bíblia Sagrada e um app de Lista de Compras), uma cada ferramenta.
Abaixo mostro aqui o print de cada uma delas e vou tentar deixar aqui também o link de acesso às mesmas, contudo, como estou em processo de estudo e avaliação esses links podem ser desativados.
Aplicativo da Bíblia: https://app-bibliacn.flutterflow.app/
Aplicativo da Lista de Mercado: https://flavioapb.bubbleapps.io/version-test
A questão aqui senhores não é quão relevante os aplicativos são, mas sim o que essas ferramentas possibilitam entregar diminuindo a curva de tempo de esforço, e com a necessidade de conhecimento mínimo. Claro! Não podemos generalizar o contexto de forma global e é justamente por isso que trago à tona as reflexões sobre essas mudanças de tecnologias bem como seus prós e contras, mas acima de tudo em que momentos nos encontramos diante das mudanças que geram evolução tecnológica quando falamos de agilidade de entrega.
O legal dessas ferramentas é que elas aumentam a colaboração entre as equipes de negócios e de TI. Imagina só: menos carga para os desenvolvedores tradicionais e um ciclo de desenvolvimento muito mais rápido. É praticamente uma revolução!
Prós:
Agilidade: Facilita a criação e implementação rápida de soluções. o Acessibilidade: Permite a participação de profissionais com diferentes níveis de habilidade técnica.
Custo: Reduz custos de desenvolvimento e necessidade de mão de obra especializada.
Contras:
Limitações de Customização: Ferramentas No-Code podem ser limitadas para aplicações complexas.
Dependência de Plataformas: Empresas podem se tornar dependentes das plataformas específicas.
Segurança: Menos controle sobre o código pode aumentar riscos de segurança.
Casos de Sucesso
Empresas como a Petrobras têm adotado essas tecnologias com sucesso. A Petrobras criou um Centro de Excelência em Low-Code utilizando a plataforma OutSystems para suportar mais de 100 aplicações, demonstrando a eficácia dessas ferramentas na transformação digital.
Mercado de Ferramentas Tradicionais "High Code"
Enquanto as ferramentas Low-Code e No-Code estão bombando, as ferramentas de desenvolvimento tradicionais, ou "High-Code", ainda têm seu espaço garantido.
Isso acontece especialmente quando a gente precisa de aplicações altamente customizáveis e com um controle rigoroso sobre o código. Os desenvolvedores mais experientes adoram essa abordagem High-Code para projetos complexos e de grande escala. Afinal, nesses casos, a flexibilidade e a personalização são cruciais.
Tendências e Inovações Recentes
Vamos falar de IA e cibersegurança. Esse é um campo onde a IA está realmente fazendo a diferença. Empresas como IBM e Cisco estão usando IA para detectar ameaças cibernéticas em tempo real, o que permite uma resposta mais rápida e eficiente a possíveis ataques.
A mágica da IA está na capacidade de analisar enormes volumes de dados de rede para identificar padrões suspeitos e anomalias que poderiam passar batido pelos métodos tradicionais de segurança. Isso não só torna a defesa cibernética mais eficaz, mas também libera os profissionais de TI para focarem em tarefas mais estratégicas.
Já quanto a adoção de plataformas Low-Code/No-Code, o mercado de desenvolvimento de software está sendo transformado por ferramentas como Mendix e Microsoft PowerApps. Essas plataformas democratizam o desenvolvimento de software, permitindo que pessoas com pouco ou nenhum conhecimento de programação criem aplicativos funcionais rapidinho.
Isso não só acelera a transformação digital das empresas, mas também promove uma maior colaboração entre as equipes de negócios e de TI. A capacidade de desenvolver soluções personalizadas em um curto espaço de tempo está se tornando um diferencial competitivo
Desafios e Soluções
Agora vamos para a parte que acho mais sensível sobre esse tema que é o “Gerenciamento de Mudanças” e a “Qualificação de Profissionais” no contexto da IA e automação. A integração dessas tecnologias exige uma mudança significativa na cultura e nos processos organizacionais. É crucial que as empresas adotem estratégias de gerenciamento de mudanças para garantir que todos os funcionários estejam alinhados e preparados para a transformação digital.
Programas de treinamento contínuo e uma comunicação clara dos benefícios e objetivos das novas tecnologias são fundamentais para o sucesso da implementação. E por falar em qualificação, a falta de profissionais qualificados é um dos maiores desafios para a adoção de IA. Para enfrentar essa barreira, muitas empresas estão investindo em programas de treinamento e certificação.
Plataformas de aprendizado online como Coursera e Udacity, além dos programas de certificação oferecidos por gigantes da tecnologia como Google e Microsoft, estão desempenhando um papel crucial na preparação da força de trabalho para as demandas da nova era digital.
Impacto Econômico
Quando falo sobre o impacto econômico, trago à tona a reflexão sobre a redução de custos e o ROI de implementações de IA. A automação e a IA estão realmente fazendo a diferença em vários setores, reduzindo significativamente os custos operacionais. Ao automatizar tarefas repetitivas e otimizar processos, as empresas conseguem diminuir a necessidade de mão de obra manual e melhorar a eficiência operacional. Isso não só resulta em economia direta, mas também libera recursos que podem ser investidos em inovação e crescimento estratégico.
Agora, calcular o retorno sobre investimento (ROI) de projetos de IA pode ser um desafio, mas é essencial para justificar o investimento. Exemplos práticos de empresas que tiveram sucesso com IA incluem melhorias na eficiência operacional, aumento da satisfação do cliente e a criação de novos fluxos de receita. A chave para um ROI positivo está em identificar áreas específicas onde a IA pode agregar valor significativo e na medição contínua dos resultados obtidos.
Perspectivas Futuras
Evolução das Ferramentas de Desenvolvimento: As ferramentas de desenvolvimento Low-Code/No-Code continuarão a evoluir, oferecendo funcionalidades cada vez mais avançadas e integrando-se melhor com as soluções High-Code. Espera-se que a fronteira entre essas abordagens se torne cada vez mais tênue, permitindo que desenvolvedores e usuários de negócios colaborem de forma mais eficaz em projetos complexos.
IA e Ética: A implementação ética da IA é um tema cada vez mais relevante. Questões de privacidade, transparência e impacto social precisam ser cuidadosamente consideradas. As empresas devem adotar práticas responsáveis e garantir que suas soluções de IA sejam justas, transparentes e alinhadas com os valores éticos da sociedade.
Exemplos Práticos de Ferramentas Utilizadas
Descrever detalhadamente como ferramentas específicas estão sendo utilizadas pode fornecer exemplos concretos de sucesso. Ferramentas como OutSystems, Appian e Google AppSheet estão ajudando empresas a desenvolver e implementar soluções rapidamente, transformando a maneira como operam e interagem com os clientes.
Análise Comparativa
Uma análise comparativa detalhada entre abordagens Low-Code/No-Code e High-Code pode ajudar as empresas a decidirem qual abordagem é mais adequada para suas necessidades específicas. Cada abordagem tem suas vantagens e desvantagens, e a escolha certa depende dos requisitos do projeto, da complexidade das soluções necessárias e dos recursos disponíveis.
Conclusão
Entendo que faz parte do “mindset” de qualquer profissional de TI, do operacional o estratégico, ter uma mentalidade de que a TI precisa de forma contínua se adaptar para apoiar essa transformação, equilibrando agilidade com a robustez e a segurança necessárias. Não vejo isso como esforço, afinal de contas, embora nem sempre tenha sido assim, essa é a essência dessa área.
A chave para o sucesso está em adotar uma abordagem integrada que valorize tanto as novas ferramentas quanto a expertise dos desenvolvedores tradicionais. Isso significa abraçar as plataformas Low-Code/No-Code para ganhar velocidade, ao mesmo tempo em que aproveitamos o conhecimento profundo dos desenvolvedores High-Code para projetos mais complexos.
Além disso, é essencial que a TI trabalhe de maneira colaborativa com outras áreas da empresa, garantindo que as soluções tecnológicas atendam às necessidades de todos.
Implementar programas de treinamento contínuo e promover uma cultura de inovação também são passos importantes para manter a equipe preparada para os desafios futuros.
Então, espero ter contribuído para fomentar o debate saudável e construtivo sobre os desafios da TI diante da evolução da tecnologia para fazer as suas entregas.
Sobre o autor
Flavio Alexandre Pereira Barbosa Profissional em Tecnologia da Informação, com mais de 20 anos de atuação e uma trajetória diversificada em várias atuações da área como: Infraestrutura, consultoria de soluções, liderança de equipes e projetos inovadores. Especialista em Gestão Estratégica de TI e Cloud Computing, com certificações e capacitações em diversas áreas da TI, incluindo Microsoft Azure, AWS, Google Cloud, Fortinet, Nutanix, VMware, ISO 27001, ITIL, COBIT, LGPD e ferramentas de desenvolvimento Low-Code/No-Code, ele traz uma visão estratégica e um compromisso com a aprendizagem contínua. Atualmente, Flavio está focado em promover a transformação digital e o progresso tecnológico nas organizações onde atua.
Contatos:
LinkedIn: flavioapbarbosa
Email: flavioapb@gmail.com
Referências
1. McKinsey & Company: Forneceu dados sobre a intenção dos líderes empresariais de utilizar IA para melhorias em segurança cibernética.
2. LinkedIn: Discussões sobre os desafios enfrentados pelos líderes de TI na inovação contínua e na entrega rápida de soluções. https://www.linkedin.com/](https://www.linkedin.com/
3. SAP: Informações sobre o impacto das plataformas Low Code e No Code no mercado de desenvolvimento de software. https://www.sap.com/](https://www.sap.com/
4. Olhar Digital: Análises sobre os prós e contras das ferramentas No Code, incluindo questões de segurança e personalização. https://olhardigital.com.br/](https://olhardigital.com.br/
5. Baguete: Estudo de caso sobre a Petrobras e seu uso da plataforma OutSystems para criar um Centro de Excelência em Low Code. https://www.baguete.com.br/](https://www.baguete.com.br/
6. ManageEngine: Comparações entre abordagens Low Code, No Code e High Code, discutindo suas aplicações e relevância no desenvolvimento de software. https://blogs.manageengine.com/portugues/2023/12/20/low-code-x-no-code-x-highcode-qual-a-diferenca-e-qual-escolher.html
7. IBM: Exemplo de como empresas líderes estão utilizando IA para melhorar a cibersegurança. https://www.ibm.com/](https://www.ibm.com/
8. Cisco: Exemplos de como empresas líderes estão utilizando IA para melhorar a
cibersegurança. https://www.cisco.com/](https://www.cisco.com/
9. Coursera: Plataformas de aprendizado online que oferecem programas de treinamento e certificação em IA e outras tecnologias emergentes. https://www.coursera.org/](https://www.coursera.org/
10. Udacity: Plataformas de aprendizado online que oferecem programas de treinamento e certificação em IA e outras tecnologias emergentes.
11. Google Cloud Certification: Programas de certificação que preparam profissionais para a nova era digital. https://cloud.google.com/certification](https://cloud.google.com/certification
12. Microsoft Certification: https://learn.microsoft.com/enus/certifications/](https://learn.microsoft.com/en-us/certifications/
13. Gartner: Relatórios e previsões de mercado sobre tendências emergentes e melhores práticas na adoção de tecnologias inovadoras.
14. Forrester: Relatórios e previsões de mercado sobre tendências emergentes e melhores práticas na adoção de tecnologias inovadoras.